TECNOLOGIA 5G E A TRANSFORMAÇÃO DO SETOR LOGÍSTICO

O ano de 2022 marcou a estreia do 5G no Brasil, onde as principais capitais passaram a contar com a nova tecnologia. Era natural imaginar que 2023 começasse com uma grande expectativa sobre a expansão do sinal para mais localidades e a previsão é que 420 municípios brasileiros deverão estar aptos a receber a quinta geração da internet móvel. Cresce a expectativa por parte dos usuários, mas também das empresas. Isso porque a nova tecnologia promete aumentar mais de 10 vezes a velocidade das conexões na comparação com a geração anterior, permitindo a alta transmissão de dados e uma melhora na gestão das informações, que em muitos casos ainda é feito de forma manual. Essa é a realidade de muitas empresas do setor logístico. Segundo uma pesquisa encomendada pela empresa Ericsson, um terço dos tomadores de decisão que atuam nesse segmento afirma que trocar informações facilmente com clientes e fornecedores é um obstáculo para melhorar as operações logísticas de suas empresas. Com o 5G a análise dos dados ganha impulso e esse cenário tende a reduzir drasticamente. Além disso, os gestores passam a contar com uma ótima ferramenta para melhorar a tomada de decisões estratégicas. Confira abaixo quatro maneiras que o 5G pode ajudar a logística: Mais velocidade: como mencionado anteriormente, o 5G oferece velocidades de conexão muito mais rápidas que o 4G. Dessa forma, os líderes logísticos passam a ter uma atualização em tempo real de veículos e entregas, possibilitando alteração de rotas por variáveis como acidentes e engarrafamento. Maior capacidade de infraestrutura: além da velocidade, o 5G também oferece maior poder de processamento, o que significa que a infraestrutura de rede poderá acomodar um número maior de dispositivos conectados. Em um armazém, por exemplo, vários dispositivos podem manter uma conexão rápida e estável dentro da mesma rede sem sofrer interferências. Adoção da nuvem e maior visibilidade do supply chain: a baixa latência oferecida pelo 5G é fundamental para que as soluções na nuvem entreguem os benefícios a que se propõe. O tempo de latência reduzido garante que as empresas não tenham que esperar muito para acessar os dados armazenados em cloud, possibilitando uma troca de informação quase que instantaneamente entre os sistemas. Isso é um fator preponderante para aumentar a visibilidade sobre todos os processos da cadeia de suprimentos. Novos padrões de entrega: como já acontece em outros países, o setor de logística está desenvolvendo cada vez mais soluções de entrega remota, principalmente por drone. No entanto, essas ferramentas requerem uma rede de comunicação de alto desempenho. É nesse ponto que entra o 5G, melhorando significativamente a performance das entregas dos produtos por meio de drones ou carros autônomos, tornando o serviço mais eficiente e ágil. Levará algum tempo para que o 5G na logística se torne comum, mas é perfeitamente possível imaginar que o seu potencial irá revolucionar o setor, transformando os processos logísticos mais eficientes, ágeis e competitivos. Já é possível ver alguns testes da nova tecnologia em vários setores, reescrevendo modelos de negócios atuais. A logística não pode ficar de fora dessa nova era. *Waldir Bertolino é Country Manager da Infor no Brasil Fonte: Mundo Logistica
DE MOTORISTA À MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS: MULHERES GANHAM ESPAÇO NO TRANSPORTE DE CARGAS

Apesar de ainda se tratar de uma área em que a presença masculina é massiva, o que se nota é a iniciativa das empresas para incentivarem as mulheres a atuarem no mercado de logística De acordo com o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), no Brasil a função de motorista de caminhão ocupada por mulheres está em expansão. Hoje, são 182.376 habilitadas para dirigir caminhões, o que corresponde a 6,5% do total de motoristas de caminhão. No Grupo Mirassol essa realidade se comprova com a Maria Judite Gomes, 48 anos – motorista aprendiz. Há alguns meses, Maria viu uma oportunidade de trabalhar na profissão que é seu sonho desde criança. “Já fui camareira, garçonete, e recentemente tive a oportunidade de sair de Presidente Prudente e vir para a Mirassol ser motorista. A vida toda vi meus irmãos trabalhando como carreteiros e sempre almejei ser como eles. Hoje consegui o espaço que sonhei e me sinto realizada”, conta. Já Naira Maria – hoje, líder de manutenção – também mudou o rumo de sua carreira. Ela deixou a graduação em Estética e Cosmética para se aprofundar em manutenção de veículo pesados. “Minha trajetória na Mirassol começou em 2020. No auge da pandemia, desempregada, encarei o desafio de recomeçar do zero como assistente de manutenção. Mas logo isso mudou, hoje atuo como líder de manutenção no contrato do Grupo em um dos seus principais clientes”, declara Naira. No caso de Priscila Callegher de Carvalho – de 40 anos, dos quais 20 são de experiência na área da logística – possui uma longa história com o Grupo Mirassol. Iniciou sua carreira na Expresso Mirassol (empresa de transportes do Grupo) como auxiliar operacional, depois passou por outras empresas e funções. “Fui mãe muito jovem, com 17 anos, e por isso precisei começar a trabalhar muito cedo e assumir minhas responsabilidades. Após me formar, senti a necessidade de buscar novos desafios e aprendizados, passando por outras grandes empresas do seguimento, onde pude me desenvolver. Atuei como analista, coordenadora, supervisora, gerente de negócios, gerente de contratações logísticas, gerente de operações e gerente de filiais”, explica Priscila. Em 2021, foi convidada a retornar para o Grupo Mirassol, desta vez como gerente de logística. “Atualmente contribuo com minha longa experiência para o crescimento do Grupo, estruturado das operações de armazenagem, crossdocking e transporte”, completa. Simone Rocha, gerente de operações, também possui vasta experiência de 20 anos no segmento logístico e trabalha desde 2005 na M3 Logística – empresa de transporte e armazenagem de produtos químicos que no final de 2020 passou a fazer parte do Grupo Mirassol. Atualmente, exerce sua função dentro do departamento de armazenagem. Já Edineide Lima de Sousa Rodrigues está na área de logística há nove anos. Após concluir a graduação, iniciou sua trajetória dentro do Grupo Mirassol, no cargo de coordenadora de operações e logo foi promovida para supervisora operacional, função que atua nos dias de hoje. “Trabalhar na área de logística exige muito empenho, flexibilidade, porém o prazer de ver os atendimentos sendo realizados e o cliente satisfeito não tem preço. A logística me proporcionou fazer a diferença, contribuir, ensinar e incentivar o desejo de outras mulheres a ingressarem neste mercado”, conta Edineide. Priscilla Dias, de 29 anos, não lida diretamente com a área mais técnica, pois exerce a função de coordenadora de marketing, mas viu a oportunidade de unir a comunicação com sua experiência de 10 anos na logística. Priscilla entrou como estagiária na área de logística, trabalhou como assistente de projetos, analista de logística, e na área de suprimento, além de exercer função de business partner das áreas de RH e Marketing. “Em 2019, recebi o convite da presidência para assumir a coordenação da área de marketing do Grupo, por conta da comunicação que sempre foi um dos meus pontos fortes. Sou graduada em Logística pela Fatec, e agora concluindo minha especialização em Marketing pela USP, além de outras especializações de curta duração na área de comunicação”, explica Priscilla. Fonte: Mundo Logística
ECONOMIA: PIB DO TRANSPORTE BRASILEIRO TEVE CRESCIMENTO DE 11,4% EM 2021

Informação foi divulgada na última sexta-feira (4) como parte do Radar CNT do Transporte; na avaliação do último trimestre de 2021, o setor cresceu 2,6% quando comparado com o trimestre imediatamente anterior Por Redação, com informações de Agência CNT Apesar do impacto causado pela pandemia de Covid-19 nos últimos dois anos, o transporte brasileiro está em período de recuperação. De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o setor cresceu 11,4%, contra 4,6% do PIB geral, em relação a 2020. Naquele ano, os percentuais tinham sido, respectivamente, -8,4% e -3,9%. Trata-se do primeiro dado positivo do período de pandemia. A análise faz parte do Radar CNT do Transporte, divulgado pela entidade na última sexta-feira (4). “Os números do PIB hoje apresentados são muito positivos, indicando uma retomada econômica importante, apesar de os impactos da pandemia ainda se mostrarem presentes. O forte crescimento do transporte reforça a relevância do setor e o nosso compromisso em promover o desenvolvimento do Brasil.” – Vander Costa, presidente da CNT. Na avaliação do último trimestre de 2021, o setor cresceu 2,6% quando comparado com o trimestre imediatamente anterior. Já o PIB geral mostrou um leve desempenho positivo, de 0,5%, no mesmo período. A avaliação do indicador realizada pela CNT leva em conta a divulgação do PIB pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As expectativas do bom desempenho do setor estão diretamente relacionadas ao próprio crescimento da economia. Sua continuidade em 2022 dependerá da estabilização do atual cenário externo turbulento, que pode afetar os preços internos e a movimentação de dólares no país e, consequentemente, a taxa de câmbio nacional. Fonte: Mundo Logística
FRETES RODOVIÁRIOS TIVERAM ALTA DE 67,5% NO 1º SEMESTRE, SEGUNDO A FRETEBRAS

A FreteBras divulgou os dados do “Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”, que apontam crescimento de 67,5% no volume de fretes rodoviários no país de janeiro a junho deste ano, em relação a 2020. O estudo teve como base a análise de 3,44 milhões de fretes durante o primeiro semestre de 2021 e traz como destaque o agronegócio, responsável por 37% da operação registrada na plataforma nesse período. Segundo a pesquisa, que pode ser acessada online, o semestre foi marcado pela luta contra o avanço da pandemia e a recuperação econômica após o aumento dos esforços de vacinação contra a Covid-19. Os estados com o maior volume de fretes no semestre foram São Paulo (21,50%), Minas Gerais (15,7%) e Paraná (13,2%). Entretanto, outras localidades registraram aumento expressivo do volume de fretes, na comparação com o primeiro semestre de 2020. O crescimento de 6% na área plantada do Tocantins gerou um aumento de 170% nos fretes originados no estado. No Piauí, o aumento de 10,4% na produção dos grãos, fez o volume de fretes subir 145%. Já em Sergipe, o início das operações da nova fábrica de fertilizantes nitrogenados da Unigel gerou um salto nos fretes do estado de 132%. Ao considerar apenas o segundo trimestre, de abril a junho, o Espírito Santo viu os fretes saltarem 171%, impulsionados por um aumento de 44% na produção de papel e celulose e de cerca de 39% na extração de minerais não metálicos, como o granito. Outro destaque do segundo tri foi Santa Catarina, que viu sua produção industrial aumentar 26%, gerando um salto de 160% no número de fretes em comparação com o mesmo período do ano passado. “À medida que a vacinação ganhou força, a economia começou a responder. No primeiro semestre, a FreteBras distribuiu cerca de R$ 28 bilhões em fretes e considerando apenas o segundo trimestre, tivemos um volume de fretes 83% maior que no mesmo período de 2020”, explica Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras. SETORES QUE MOVIMENTARAM A PRIMEIRA METADE DO ANO O agronegócio puxou a oferta de fretes no período, com 37% das cargas registradas na plataforma da FreteBras e cerca de R$ 10,8 bilhões movimentados. Os estados mais significativos para o desempenho do segmento foram Rio Grande do Sul (15%), Paraná (15%) e São Paulo (14%). Os produtos mais transportados foram fertilizantes (29%), que segundo o CONAB bateram o recorde histórico na importação desde 2011, soja (13%) e depois o milho (10%). Na comparação entre o primeiro semestre deste ano com o mesmo período em 2020, os fretes do agronegócio aumentaram 65%. A segunda categoria mais representativa é a dos produtos industrializados, que originaram 27% dos fretes anunciados na FreteBras no primeiro semestre deste ano. Os produtos mais transportados no período foram os alimentícios (17%), siderúrgicos (12%) e máquinas e equipamentos (11%). Os estados de maior destaque no desempenho do segmento foram São Paulo (27%), Rio Grande do Sul (14%) e Minas Gerais (11,20%). Na comparação com o primeiro semestre de 2020, o setor teve crescimento de 67,77% no volume de transportes. Os fretes de insumos para construção ficaram em terceiro lugar no ranking das categorias que mais transportaram cargas no primeiro semestre, com 12% dos anúncios registrados na FreteBras. No período, os produtos mais transportados foram cimento (39%), telhas (7%) e pisos (6%). Em relação aos primeiros seis meses do ano anterior, houve crescimento de 84% no volume de fretes da categoria e os estados que mais carregaram insumos no setor foram Minas Gerais (49,38%), São Paulo (12,54%) e Paraná (6,75%). PRINCIPAIS PORTOS Nos seis primeiros meses de 2021, a movimentação de fretes foi intensa nos portos de Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Santos (SP). O porto de Paranaguá representa, junto com o porto de Antonina, também no estado do Paraná, 31% da importação de adubos e fertilizantes do Brasil. O estudo revela que os fretes deste produto, originados em Paranaguá, dobraram quando comparados os primeiros semestres de 2020 e 2021, passando de 24 mil para 48 mil. Também houve aumento de 43% nos fretes de soja com destino ao porto de Paranaguá, que passaram de 16 mil, no primeiro semestre de 2020, para 22 mil, na primeira metade deste ano. No porto de Rio Grande, os produtos mais importados também foram adubos e fertilizantes, com um aumento de 300% no período, passando de 5 mil fretes, no primeiro semestre do ano passado, para 21 mil no mesmo período de 2021. O estado do Rio Grande do Sul se consolidou como um dos maiores produtores de soja do país. No entanto, o relatório da FreteBras indicou uma mudança no escoamento do produto na região. Os fretes da soja com destino ao porto de Rio Grande caíram 30% em comparação com 2020, porém, os fretes da oleaginosa com destino a outras localidades do Brasil aumentaram 62%. Já no porto de Santos, os fretes de adubos e fertilizantes, segundo produto mais importado no local, aumentaram 111% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. Fretes de soja com destino à baixada santista tiveram aumento de 76% no período, enquanto os de açúcar aumentaram 85%. TENDÊNCIAS PARA OS PRÓXIMOS MESES Levando em consideração que a expectativa do Ministério da Economia é que o Produto Interno Bruto cresça entre 5% e 5,5% este ano, o estudo da Fretebras aponta para um aumento do volume de fretes no segundo semestre. “A retomada da economia significa mais cargas nas estradas. Esperamos alcançar a marca de 10 milhões de anúncios publicados e R$ 80 bilhões em fretes negociados por meio da nossa plataforma até o final do ano”, acredita Hacad. METODOLOGIA Os dados que compõem a 4ª edição do “Relatório FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil” têm base no fluxo de dados da FreteBras. Com mais de 560 mil caminhoneiros cadastrados e 13 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional. FONTE: Mundo Logística
SETOR DE TRC TEM PERSPECTIVA POSITIVA, MAS REFLEXOS DA PANDEMIA AINDA SÃO NOTÁVEIS

As expectativas para o setor de transporte de cargas são positivas para 2021. No entanto, os reflexos da pandemia de Covid-19 ainda são nováveis e exigem cautela no processo de recuperação. Isso porque, de acordo com o Banco Mundial, a atividade econômica sofreu uma retração de 8% em 2020 – a maior queda em 120, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segmento de transporte rodoviário de cargas (TRC), o declínio de demandas no ano passado foi de 45%. No entanto, a crise econômica deixada pela pandemia não é a única adversidade enfrentada pelas transportadoras. De acordo com Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes, situada no interior do Paraná e há 40 anos no mercado, o cenário do TRC vem passando por uma série de mudanças. A oscilação do valor do diesel impactou diretamente as operações das transportadoras, principalmente por sua brusca redução seguida de um grande aumento. “A queda do preço do diesel gerou expectativas na baixa de fretes para alguns clientes, porém logo nos deparamos com um aumento que está sendo repassado com muita dificuldade”, afirma Eduardo. De acordo com o levantamento feito pela Ticket Log, o acréscimo no valor do combustível foi em média de 16,8% neste ano. Os primeiros meses de 2021 também foram seguidos por uma série de turbulências, relembra o executivo. O setor de transporte precisou buscar saídas para o aumento de insumos, para a redução no volume de cargas devido à instabilidade econômica e para a maior crise hídrica dos últimos 90 anos, trazendo expectativa de redução no volume da safra também. Porém, em meio a tantas instabilidades, as transportadoras contaram com um auxílio legislativo. “Dentre todos esses desafios enfrentados, os empresários do TRC se viram amparados com a implementação de uma lei, aprovando a flexibilidade na concessão de férias, nos horários e na adaptação ao novo normal”, observa Ghelere. Vale ressaltar também o boom do e-commerce, dado à necessidade de manter o distanciamento social e o comércio fechado temporariamente. Segundo o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital em parceria com o Neotrust | Movimento Compre & Confie, o comércio digital apresentou um crescimento de 73,88% no Brasil, impactando diretamente o setor de transportes. “Logo no início da pandemia, o setor de agronegócio disparou, impulsionando a logística de cereais. Como consequência, tivemos toda uma cadeia acelerada, com foco no segmento de fretes fracionados, principalmente por conta da alta do e-commerce.” – Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes. O diretor executivo também relembra outras questões que demonstram oscilações no cenário econômico, como o novo ajuste da Petrobrás, que segundo especialistas pode fazer com que o barril de petróleo feche o ano entre US$ 80 e 85, e a Reforma Tributária. “Não estamos vendo algumas reformas estruturais prometidas saírem do papel. O que ajuda é que o mercado conta com muita liquidez devido às injeções maciças de dinheiro em todos os países. Podemos estar otimistas com o mercado financeiro, mas o mercado real, aquele em que trabalhamos no dia a dia, está cada vez mais instável e sem uma perspectiva de futuro clara para todos.” – Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes. O aumento da inflação tem sido também um entrave para os empresários do TRC, principalmente para os projetos de expansão. “Trabalhamos sempre com o intuito de gerar um aumento de receita, mas ao mesmo tempo temos a inflação dificultando esse processo, de modo que talvez o lucro não seja capaz de acompanhar sempre o aumento das despesas”, afirma Ghelere. FONTE: Mundo Logística
TEMPO DE CARGA E DESCARGA NÃO GERA PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS, SEGUNDO TST

A 8ª turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) proferiu decisão para reforçar que horas de carga e descarga não devem ser computadas como horas extras. O pronunciamento se deu com base em processo julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, que derrubou uma decisão da Vara do Trabalho de Lins (SP). Segundo o TST, o tempo de carga e descarga deve ser indenizado com base no salário-hora normal, com acréscimo de 30%. Apesar de se tratar de um caso isolado, especialistas consideram que a decisão do Tribunal Superior do Trabalho transmite segurança jurídica às empresas de transporte de cargas. A relatora, ministra Dora Maria da Costa, fundamentou o voto no sentido de que a Lei nº 12.619/2012 alterou a CLT, acrescentando seção específica (artigos 235-A a 235-G), que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista e também regulamenta e disciplina a jornada de trabalho e o tempo de espera do motorista, sendo essa a hipótese para quando os motoristas aguardam a carga e descarga. A decisão da corte foi unânime e está em linha com outras decisões da mesma turma. De acordo com o advogado Lucas Obice, especialista da área contenciosa trabalhista, a decisão é de extrema importância para as empresas de transporte de cargas. “O tema sempre foi muito controverso, o que causava muita insegurança jurídica. A decisão é uma vitória para os empregadores”, enfatiza. Fonte: Mundo Logistica
ROUBOS DE CARGAS: NÚMERO CAI EM 2020, MAS AINDA PREOCUPA

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), divulgou seu tradicional levantamento que mostra que, em 2020, o Brasil registrou 14.159 ocorrências de roubos de cargas. O relatório, divulgado desde 1998, tem como base informações colhidas em fontes formais e informais. O número de 2020 mostra uma queda de 23% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 18.382 casos. No entanto, o cenário ainda é preocupante. Os prejuízos computados ao setor somam R$1,2 bilhão. “Desde 2017 onde tivemos o maior número de ocorrências desde que nossa área de segurança vem monitorando, estamos acompanhando uma redução, e isso é positivo, mas mesmo assim estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil, e a NTC, juntamente com os órgãos públicos e privados vão continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais.” – Francisco Pelucio, presidente da entidade. De acordo com o assessor de segurança da entidade e responsável pelo levantamento, Coronel Paulo Roberto de Souza, a redução tem muito a ver com o investimento alto das empresas em tecnologias e medidas de segurança em suas operações, o que possibilita uma resposta muito mais rápida e ativa em relação às tentativas de delito, e, também, com o trabalho dos órgãos de segurança pública, que têm atuado com mais rigor no combate aos delitos de roubos de cargas. “Os números do roubo de cargas no Brasil em 2020, reafirmam uma tendência de queda nesse delito ao longo dos três últimos anos. Isso se deve ao trabalho dos organismos policiais e aos grandes investimentos das transportadoras em tecnologias e processos de gerenciamento de riscos. Os números ainda são elevados, mas estamos no caminho certo no enfrentamento desse problema.” A região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando com 81,33% das ocorrências. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 8,89%; Nordeste, com 6,66%; Centro-Oeste, 1,91%; e, por último, a região Norte, com 1,21%. Entre os produtos mais visados, estão os gêneros alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e têxteis e confecções. FONTE: Mundo Logistíca.
LATAM TERÁ 21 AERONAVES DE CARGA ATÉ 2023

O Grupo Latam anunciou a expansão do seu plano de crescimento de frota convertida em cargueiros, com a expectativa agora de incorporar de forma gradativa 10 Boeing 767-300 Boeing Converted Freighters nos próximos três anos, completando assim uma frota de 21 Boeing 767 cargueiros até 2023. O primeiro avião será recebido no final deste ano. A princípio, o plano de crescimento da frota cargueira contemplava quatro aviões já confirmados com a Boeing e mais quatro opções de conversão. Dois meses após o anúncio, a Latam ratificou a aquisição das oito aeronaves e anunciou a conversão de mais dois Boeing 767-300ERs adicionais. Desta forma, a frota total dos operadores de carga do grupo Latam será de 21 aeronaves, até o final de 2023, o que significa que o grupo vai praticamente dobrar a sua capacidade de cargas e reduzirá de 17 para 14 anos a idade média desta frota. “A decisão de expandir a frota está baseada nas atrativas oportunidades de crescimento, nos ganhos de eficiência que serão alcançados e na flexibilidade oferecida pelo Boeing 767F. Com isso, será possível crescer com rentabilidade, inclusive em cenários semelhantes aos enfrentados antes da pandemia. Graças a isso, as filiais de carga da LATAM continuarão respondendo às necessidades de seus clientes e apoiando o desenvolvimento do continente com uma conectividade melhor e mais ampla.” – Andrés Bianchi, CEO da Latam Cargo. Crescer de 11 para 21 cargueiros levará as operadoras de carga do grupo a expandir e reforçar a sua presença dentro e para fora América do Sul, e se consolidar como o principal grupo de operadoras de carga do continente. Por enquanto, após pequenos ajustes, a distribuição das primeiras oito aeronaves foi definida de forma a aumentar a sua oferta nos mercados relevantes para seus clientes. “De forma geral, a conectividade entre a América do Sul e a América do Norte sai reforçada. Especificamente a conexão da Colômbia e do Equador sai fortalecida para apoiar a exportação do setor da floricultura. Além disso, a exportação de salmão do Chile e seu mercado de importação serão fortalecidos. E, no Brasil, a capacidade de e para a América do Norte e Europa será ampliada, promovendo os mercados de exportação e importação.” – Kamal Hadad, diretor de Alianças e Malha Aérea da Latam Cargo. Hadad também acrescenta que a flexibilidade da frota de carga permite que a Latam avalie múltiplas alternativas. FONTE: Mundo Logistíca.